Na manhã da última sexta-feira (23), a Avenida 3, ao lado do Paço Municipal, foi palco de uma manifestação com aula pública organizada por centenas de professores da rede municipal de ensino. O ato foi convocado no fim de semana anterior, em resposta ao agravamento das críticas e reclamações dos servidores da Educação.

Dias antes, dezenas de diretorias escolares divulgaram conjuntamente uma carta denunciando a precariedade em diversos aspectos do sistema, como a ausência de itens básicos — entre eles, papel higiênico para os alunos. Desde então, outras cartas foram encaminhadas à comunidade escolar, alertando os pais sobre os problemas enfrentados e solicitando doações.

A crise se intensificou no último fim de semana, quando os professores tomaram conhecimento de alterações no Plano de Carreiras da categoria, realizadas sem qualquer aviso ou debate prévio. A revelação foi feita por reportagem da coluna @faroljc do Jornal Cidade, que apontou que a mudança estava incluída na lei da Reforma Administrativa, a qual criou cerca de 600 cargos comissionados e funções de confiança na Prefeitura.

Diante da forte pressão exercida ao longo da semana, o prefeito Gustavo Perissinotto (PSD) voltou atrás e vetou a mudança na quarta-feira (22). A Câmara Municipal, por sua vez, avalia a possibilidade de instaurar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar a Secretaria Municipal de Educação, diante das denúncias e irregularidades relatadas nas escolas.

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